A FAMÍLIA NO DOCUMENTO DE APARECIDA
A família cristã está fundada no sacramento do matrimônio, sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja. Tem seu modelo perfeito na Santíssima Trindade, no amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A pastoral familiar diocesana deve proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados.
A infância deve ter uma ação prioritária da Igreja, da família e das instituições do Estado. É dolorosa a situação de pobreza, de violência (sobretudo em famílias desintegradas), de abuso sexual; de infância trabalhadora, de rua, portadora de HIV, órfãos, soldados, e enganados e expostos à pornografia e prostituição.
É necessário estimular a pastoral dos adolescentes. Os jovens constituem a grande maioria da população. Por sua generosidade, são chamados a servir a seus irmãos, especialmente aos mais necessitados. Têm capacidade para se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência.
Muitos passam por situações que os afetam: a pobreza, a exclusão, a alienação, novas propostas religiosas e pseudo-religiosas. A educação de baixa qualidade limita seus horizontes de vida e dificulta a tomada de decisões duradouras. São afastados da política pela corrupção e pelo desprestígio dos políticos. Aumentam os suicídios de jovens. Outros não podem estudar ou trabalhar e muitos deixam seus países: é o rosto juvenil da migração. A droga é um apelo constante, de que muitos não conseguem fugir.
A Palavra de Deus nos desafia de muitas maneiras a respeitar e valorizar os mais velhos e anciãos. Muitos são verdadeiros discípulos missionários de Jesus, por seu testemunho e suas obras. A Igreja se sente comprometida a procurar a atenção humana integral de todas as pessoas idosas.
A antropologia cristã ressalta a igual identidade entre homem e mulher em razão de terem sido criados a imagem e semelhança de Deus. O mistério da Trindade nos convida a viver uma comunidade de iguais na diferença. A relação entre a mulher e o homem é de reciprocidade e de colaboração mútua. A mulher é co-responsável pelo presente e pelo futuro de nossa sociedade.
O homem é chamado pelo Deus da vida a ocupar um lugar original e necessário na construção da sociedade, na geração da cultura e na realização da história. Enquanto batizado, o homem deve se sentir enviado pela Igreja a todos os campos de atividade que constituem sua vocação e missão dando testemunho como discípulo e missionário de Jesus Cristo na família.
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